Nos últimos 5 anos, acompanho a evolução da IA generativa e seu impacto sobre o SEO técnico, sobretudo com a ascensão do Google SGE (Search Generative Experience). O que definia sucesso na era dos links azuis hoje dá lugar à busca semântica, resumos de IA e GEO (Generative Engine Optimization)—fatores que moldam a visibilidade nos canais AI‑driven e no Google Discover. Aqui, apresento os cinco tipos de conteúdo B2B em alta — e por que eles ganham carinho dos algoritmos.
1. Conteúdo explicativo longo e rico em dados
A IA generativa valoriza conteúdo aprofundado, com dados e contexto. Estudos comprovam que páginas bem estruturadas, com E‑E‑A‑T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness), têm maior chance de serem sintetizadas como resposta direta no SGE. Em B2B, isso significa whitepapers detalhados, relatórios setoriais com estatísticas e casos reais—perfeitos para gerar trust signals.
Exemplo simulado: “Relatório: o impacto da IA generativa no ciclo de vendas B2B em 2025”, com infográficos e depoimentos de CXOs, ideal para alimentar AI Overviews com autoridade.
2. Hubs temáticos (pilar + cluster de conteúdos)
O formato de conteúdo em hub, com uma página central robusta e várias sub-páginas relacionadas, ajuda a construir autoridade semântica — vital para SGE e busca semântica. No B2B, isso pode ser um hub sobre “Transformação Digital com IA”, com clusters como “automação de vendas”, “chatbots inteligentes”, etc.
Exemplo realista: Hub “AI‑powered marketing B2B” com artigos como “como escolher CRM com IA” e “estudos de caso de ROI em automação de IA no setor industrial”.
3. Estudos de caso com insights originais
Conteúdo narrativo, com voz de especialista, ganha destaque, sobretudo quando agrega experiência real — muito alinhado ao E‑E‑A‑T que SGE privilegia. Diferentemente de IA genérica, um estudo de caso com resultados concretos e análises embasadas se sobressai nos resumos automáticos.
Exemplo: “Como a Visibloom SEO aumentou leads B2B em 40% usando GEO e AI optimization em 6 meses” — com métricas, desafios e aprendizados exclusivos.
4. FAQs conversacionais e conteúdo orientado à pergunta
Com o avanço da conversational search, os mecanismos de IA preferem conteúdos que respondam diretamente às perguntas dos usuários. FAQs otimizadas com perguntas reais, estilo “Por que a IA generativa melhora o ciclo de vendas B2B?”, têm excelente chance de serem incluídas em AI Overviews.
Exemplo: Seção FAQ num artigo sobre marketing B2B com perguntas como “Como medir ROI de conteúdo para IA?” ou “O que é generative engine optimization (GEO)?”.
5. Conteúdo multimodal integrado (texto + visual)
Em 2025, a multimodalidade — combinar texto com gráficos, vídeos e diagramas — é essencial para ganhar relevância junto aos modelos multimodais, inclusive no Discover. Isso influencia tanto a indexação quanto a capacidade da IA de extrair valor do conteúdo.
Exemplo: Um post com texto explicativo + infográficos + vídeo curto “por que a IA ama hubs temáticos B2B”, ideal para Discover.
Por que esses formatos funcionam hoje
- SGE e resumos IA priorizam autoridade, clareza e contexto profundo, penalizando conteúdos superficiais.
- O uso de GEO (Generative Engine Optimization), com metadados, llms.txt e marcação semântica, ajuda a IA a entender e citar seu conteúdo.
- A tendência de queda de tráfego orgânico tradicional (clics nos resultados) reforça a necessidade de formatos adaptados ao AI‑first.
Como aplicar na sua estratégia
- Identifique temas centrais B2B onde você tem know‑how (ex.: automação, liderança de vendas).
- Crie um hub com conteúdos profundos, visuais, conversacionais e bem marcados.
- Inclua estudos de caso com dados exclusivos e voz humana forte.
- Use GEO: adicione llms.txt, schema (FAQPage, Article), metadados semânticos.
- Monitore performance em Discover e SGE, ajustando títulos, metadescrições e estrutura.
Provocação final
Se você ainda produz conteúdo pensando no Google de 2015, está perdendo o jogo em 2025. A pergunta não é mais “haverá clique?”, mas sim “vou aparecer como resposta direta na IA generativa?”. A resposta está nos formatos certos — e na sua autoridade de especialista.